Apresentação da unidade
O principal objetivo da última unidade deste
volume é buscar referências que possibilitem ao
aluno a sistematização final do que foi visto em
toda a coleção. Assim, inicia os debates citando as
ONGs, o Fórum Social Mundial e o Fórum Econômico
Mundial. Trata-se, portanto, de evidenciar
que os mecanismos de organização política são
mais amplos e complexos do que os que estão sob
o controle do Estado.
O segundo tema em questão procura encerrar,
efetivamente, novos conteúdos do interior do
livro. Ao esclarecer a ideia de humanidade e os
desdobramentos que essa construção conceitual
trouxe para a geografia contemporânea, o texto
cita três personagens do século XIX que influenciaram
intensamente nossa forma de entender o
mundo. É por isso que essa seção foi intitulada
A Geografia e as ideias.
Com esse objetivo, as biografias de Alexander
Von Humboldt, Charles Darwin e Karl Marx
tornam-se pano de fundo para expressar as mudanças
radicais na maneira pela qual se entendia
o conhecimento científico e seus desdobramentos
na economia e na política.
Humboldt foi apresentado como o naturalista
que, diferentemente dos cientistas contemporâ-
neos,
não advogava nenhum tipo de especialidade,
mas
buscava articular todos seus conhecimentos
para
construir resultados coerentes, frutos da observação
sistemática.
Assim, pudemos afirmar que
Humboldt
também era um cientista, no sentido
que
hoje usamos para essa palavra. O importante
é
que seu esforço redefiniu a maneira pela qual
passaram
a se articular os conhecimentos sobre a
natureza,
suas regras e seus comportamentos.
Darwin
trouxe a ideia de evolução e seleção
natural,
legando para as gerações seguintes a
possibilidade
de pensar a humanidade independentemente
dos
desígnios divinos (no formato
sistematizado
nos livros sagrados). Ao aproveitar
a
releitura do significado de natureza, ele acena,
portanto,
com a possibilidade de ressignificarmos
nosso
conceito de humanidade.
Marx,
por fim, ao conclamar os trabalhadores
para
a revolução, colocou em discussão os critérios
que
devem ser usados para identificar os povos, os
grupos
humanos ou as pessoas; e esse critério não
passa
pelas identidades de caráter racial ou étnico,
mas
sim pelo papel que desempenham na sociedade
à
qual pertencem. Marx nos legou os debates
necessários
para entendermos o significado de
humanidade
tal qual utilizamos hoje. Essa seção
se
encerra chamando a atenção para o problema
das
identidades, das diferenças e do significado de
humanidade.
A
última seção traz um resumo de todos os temas
tratados
no livro. O objetivo é construir um
processo
direto de reflexão sobre o conhecimento
geográfico.
Nos
complementos, a seção Pausa para pesquisa
mostra
exemplos de pesquisas e explorações
atuais,
nas quais a aventura é um componente das
atividades.
A seção Outros olhares traz uma entrevista
com
um ativista ambiental, que relata suas experiências
e
nos leva a refletir sobre o papel das associações
de
pessoas na transformação do mundo.
Em
Preste atenção nos mapas destacamos o
Atlas
da experiência humana. Com ele podemos
mostrar
o significado e as possibilidades da fantasia
quando
a ferramenta linguística de que dispomos
é
a Cartografia. O propósito é estimular
a
imaginação e convidar para a aventura do conhecimento.
É
justamente por isso que, ao final,
citamos
a obra de Swift (As viagens de Gulliver) e
reproduzimos
um de seus mapas, convidando os
alunos
a se divertir.
Objetivos
pedagógicos
Criar mecanismos de
síntese
O
que está em jogo, nessa última unidade, é sintetizar tudo o que foi visto no
Ensino
Médio e apontar para a necessidade de continuação dos estudos.